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Reportagem de 30 de novembro
Realizada há quase quinze anos, a Copa da Amizade que Neri Paulus (foto acima) ajudou a criar é um dos mais importantes eventos esportivos amadores da região. “Eu era coordenador de esportes de uma comunidade (de Santo Ângelo) e um amigo, o Albano, sugeriu que criássemos uma ‘Copa da Amizade’. Saímos fazendo convites, conseguimos quatro equipes e assim seguiu.”
Marieli Paulus, uma das filhas, não é atleta mas corre por todos os cantos do campo em domingos de jogos. E nem reclama. Faz isso pelo pai. Em nome da família.
“Ele sempre tocou sozinho (a Copa da Amizade), agora a gente resolveu acompanhá-lo na organização. Nós já íamos aos jogos de futebol”, explica Marieli.
O último domingo de novembro de 2015 foi de finais no Estádio da Zona Sul. Com equipes de Santo Ângelo, Giruá, Catuípe e Entre-Ijuís.
Os participantes da Copa da Amizade são escolhidos pelos organizadores. Um time por cidade, três categorias: aspirantes, veteranos e principal. “A gente vê o time que existe naquele município, pega informações e faz o convite”, conta Neri.
O jogador Dener foi um dos destaques da última partida de domingo (29). Goleiro do Cruzeiro, de Giruá, defendeu um chute na decisão por pênaltis do título principal com a Ponte Preta, de Santo Ângelo.
Quando pisa no gramado, esquece o amadorismo; se entrega como se vestisse a amarelinha em uma Copa do Mundo do século passado: “Somos atletas e trabalhadores, também. A gente vê jogador profissional por aí que não se doa. Aqui, não. Até meio-dia, por exemplo, eu trabalhei para poder vir para cá”.
Mas o que faz da Copa da Amizade um sucesso há tantos anos? Neri diz que se trata de um campeonato familiar. E que, além disso, quando começa o campeonato, o regulamento é entregue e todos se baseiam nele.
Vladimir, torcedor do Fluminense, de Santo Ângelo, é um dos fãs da competição. Foi ao estádio, levou a família e viu uma festa esportiva em campo. “Vim com a esposa, minhas filhas. Tem segurança e tudo. É festa!”, comemora.
Neri é um cara que sabe agregar. Transformou a Copa da Amizade em um encontro de atletas e amigos. E não é por acaso que tem estendidas tantas mãos oferecendo auxílio. Ele respeita o poder do esporte.